sexta-feira, 1 de abril de 2011

1984

«Estamos a viver num mundo onde ninguém é livre, no qual dificilmente alguém está seguro, sendo quase impossível ser honesto e permanecer vivo.»
George Orwell, The Road to Wigan Pier

Desde que Thomas More, ao escrever a sua mais famosa obra, imortalizou o termo Utopia, qualquer texto que segue o modelo narrativo proposto por este é rotulado como
utópico.
Misto de obra literária e filosófica, de fuga ficcional ou crítica feroz ao sistema social, o não-lugar / bom-lugar de More depressa deu origem um estilo literário que logo, e até aos nossos dias, fez surgir diversas outras obras com a mesma temática. Espelho do eterno descontentamento humano, de um despertar da humanidade do longo sono medieval, a Utopia seiscentista apresentava uma nova heroína da humanidade - a Razão. Num grito de raiva, o Homem liberta-se do jugo do pecado original e aquilo que, durante séculos, havia sido tomado como a prisão terrestre, torna-se no palco da Razão. Se o homem é bom por natureza, por que não há de ser a sociedade onde ele vive? É possível a salvação na Terra. O Homem será capaz de criar o paraíso secular e assim, ser feliz. Para isso, basta que utilize da melhor maneira a faculdade que tem poder para isso. A utopia não exige apenas a razão. É preciso ultrapassa-la, dar o passo em frente. A utopia é feita para ser realizável, concretizável.continuar a ler aqui

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