Apresentada por Bowery, Sue Tilley, funcionária da segurança social, expõe uma massa de carne que excede a dos corpos do Barroco, observada em pintura com uma consideração, uma atenção respeitosa da pessoa inteira, que impede a alegação de que se trataria de um modelo grotesco. Freud reconhece ter «predilecção por pessoas de invulgares ou estranhas proporções» e investiga-as sem indulgência nem caricatura, explorando no corpo de «Big Sue» as pregas de uma carne sem músculos, «assombrosas crateras e coisas que nunca tinha visto antes».
Alexandre Pomar
Alexandre Pomar
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