quarta-feira, 28 de março de 2012

As rosas





















Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.


Sophia de Mello Breyner Andresen
"Dia do Mar" (1º ed. Ática 1947, incluído no vol. I da "Obra Poética", ed. Caminho)

Fotografia feita em 14 de fevereiro de 2012- Casa, Santiago do Cacém

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