terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Argumento Ontológico - Santo Anselmo
«Portanto, Senhor, Tu que dás o entendimento da fé, concede-me que, quanto sabes ser-me conveniente, entenda que existes como acreditamos e que és o que acreditamos [seres]. E na verdade acreditamos que Tu és algo maior do que o qual nada pode ser pensado.
Acaso não existe uma tal natureza pois o insensato disse no seu coração: «não há Deus»? Mas com certeza esse mesmo insensato, quando ouvir isto mesmo que digo, algo maior do que o qual nada pode ser pensado, entende o que ouve e o que entende está no seu intelecto ainda que não entenda que isso exista. Com efeito, uma coisa é algo estar no intelecto, outra é entender que esse algo existe. Com efeito, quando o pintor concebe previamente o que vai fazer, tem isso mesmo no intelecto, mas ainda não entende que exista o que não fez. Mas quando já pintou, não só o tem no intelecto como entende que existe aquilo que já fez. E, de facto, aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado não pode existir apenas no intelecto. Se está apenas no intelecto pode pensar-se que existe na realidade, o que é ser maior.
Se, portanto, aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado está apenas no intelecto, aquilo mesmo maior do que o qual nada pode ser pensado é aquilo relativamente ao qual pode pensar-se algo maior. Existe, portanto, sem dúvida, algo maior do que o qual nada é possível pensar não apenas no intelecto mas também na realidade.»
Santo Anselmo, Proslogion
Acaso não existe uma tal natureza pois o insensato disse no seu coração: «não há Deus»? Mas com certeza esse mesmo insensato, quando ouvir isto mesmo que digo, algo maior do que o qual nada pode ser pensado, entende o que ouve e o que entende está no seu intelecto ainda que não entenda que isso exista. Com efeito, uma coisa é algo estar no intelecto, outra é entender que esse algo existe. Com efeito, quando o pintor concebe previamente o que vai fazer, tem isso mesmo no intelecto, mas ainda não entende que exista o que não fez. Mas quando já pintou, não só o tem no intelecto como entende que existe aquilo que já fez. E, de facto, aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado não pode existir apenas no intelecto. Se está apenas no intelecto pode pensar-se que existe na realidade, o que é ser maior.
Se, portanto, aquilo maior do que o qual nada pode ser pensado está apenas no intelecto, aquilo mesmo maior do que o qual nada pode ser pensado é aquilo relativamente ao qual pode pensar-se algo maior. Existe, portanto, sem dúvida, algo maior do que o qual nada é possível pensar não apenas no intelecto mas também na realidade.»
Santo Anselmo, Proslogion
Imagem retirada daqui
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
“Vermelho”
A nova proposta da sala vermelha do Teatro Aberto em Lisboa parece simples à partida: apresentar um olhar sobre a biografia do pintor Mark Rothko, interpretado pelo actor António Fonseca, a partir de uma fase crucial da sua carreira. Mark Rothko (Markus Rothkowitz, de origem judaica) foi um dos mais importantes pintores do expressionismo abstracto. Numa peça baseada em factos reais, o espectador encontra-se no interior do estúdio de Rothko, pela altura da polémica pintura dos murais para o luxuoso restaurante nova-iorquino Four Seasons, a encomenda mais bem paga a um artista até então. Mas mais que a vida de um pintor, “Vermelho” cedo se revela um discurso geral sobre a arte e a vida, uma lição de cultura no seu estado mais nobre.
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Do Infantilismo Político ao Suicídio da Democracia
Desconhece-se se uma relação de causa e efeito se processa quando se associa infantilismo político a suicídio da democracia, ou se será na morbodemocracia que se desencadeia o infantilismo, expresso nas perturbações linguísticas e comportamentais a que vamos assistindo no panorama político europeu e nacional, porque os sinais, se não são demasiadamente claros pelo seu descaramento, serão pelo menos assustadores, não só pela sua frequência, mas também porque parecem apostados em superarem-se uns aos outros, como que constituindo uma moda.
Do mundo suicidário do século XVIII de que nos fala John Adams, até ao século XXI, com José Saramago (DN, 25.03.2004) e Boaventura de Sousa Santos (CM, 23.01.2012) a debruçar-se sobre o mesmo tema, foi, sem dúvida, Claude Julien, em Le Suicide des Democraties (Grasset, 1972), quem ressuscitou o claro aviso de John Adams face à crise que a Europa e o mundo atravessava, uma crise que Leonel Franca antecipara em A Crise do Mundo Moderno (Pro Domo, 1945). O escritor José Saramago disse que “a democracia se suicida diariamente, perde espessura e se desgasta, diminuindo a sua densidade.” E o sociólogo Boaventura Sousa Santos opinou que o país vive "numa democracia de baixa intensidade", que "caminha para o suicídio", defendendo como solução uma aposta na participação dos cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito.
Do mundo suicidário do século XVIII de que nos fala John Adams, até ao século XXI, com José Saramago (DN, 25.03.2004) e Boaventura de Sousa Santos (CM, 23.01.2012) a debruçar-se sobre o mesmo tema, foi, sem dúvida, Claude Julien, em Le Suicide des Democraties (Grasset, 1972), quem ressuscitou o claro aviso de John Adams face à crise que a Europa e o mundo atravessava, uma crise que Leonel Franca antecipara em A Crise do Mundo Moderno (Pro Domo, 1945). O escritor José Saramago disse que “a democracia se suicida diariamente, perde espessura e se desgasta, diminuindo a sua densidade.” E o sociólogo Boaventura Sousa Santos opinou que o país vive "numa democracia de baixa intensidade", que "caminha para o suicídio", defendendo como solução uma aposta na participação dos cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito.
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domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
2001 Odisseia no Espaço
Que semelhanças há entre a ficção científica e a acção científica? Muitas. Não esqueçamos que o físico inglês Sir Arthur Clarke, residente desde há muito no Sri Lanka, participou na construção do primeiro radar, integrado numa equipa da Royal Air Force, durante a Segunda Guerra Mundial. Na sua imensa produção bibliográfica equilibram-se as obras de ficção e as de ensaio. No filme “2001” uma nave com astronautas a bordo começa por se deslocar à Lua. A mesma viagem espacial não demorou praticamente nada depois da estreia do filme a acontecer na realidade. Os astronautas da“Apollo 8”, que foram os primeiros a efectuar uma viagem em órbita da Lua, em Dezembro de 1968, já tinham visto o filme quando partiram para o espaço. Disseram mais tarde que estiveram quase a anunciar para a Terra a descoberta de um monólito no solo lunar, numa brincadeira sugerida pelo filme... Em 1969, o norte-americano Neil Amstrong pisou o solo lunar sem ter encontrado nenhum monólito.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
A ética da pirataria na Internet
No ano passado, disse a uma colega que incluiria a ética na Internet num curso que estava a leccionar. Ela sugeriu que lesse uma antologia publicada recentemente sobre ética na computação – e anexou o volume completo no e-mail. Deveria ter recusado ler um livro pirateado? Estaria eu a receber bens roubados, tal como os defensores de leis mais rigorosas contra a pirataria na Internet alegam?
Se roubar o livro de alguém, à maneira antiga, eu fico com livro e o verdadeiro proprietário deixa de o ter. Eu fico melhor, mas ele fica numa situação pior. Quando as pessoas utilizam livros pirateados, a editora e o autor ficam muitas vezes numa má situação – perdem receitas por não venderem o livro.
Mas, se a minha colega não me tivesse enviado o livro, eu requisitá-lo-ia na biblioteca da minha universidade. Poupei o tempo necessário para o fazer e parece que ninguém foi prejudicado. (Curiosamente, tendo em conta que o tema de conversa é o livro, este não se encontra à venda em formato digital.) Na verdade, outras pessoas também beneficiaram com a minha escolha: o livro permaneceu na prateleira da biblioteca, disponível para outros utilizadores.
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Se roubar o livro de alguém, à maneira antiga, eu fico com livro e o verdadeiro proprietário deixa de o ter. Eu fico melhor, mas ele fica numa situação pior. Quando as pessoas utilizam livros pirateados, a editora e o autor ficam muitas vezes numa má situação – perdem receitas por não venderem o livro.
Mas, se a minha colega não me tivesse enviado o livro, eu requisitá-lo-ia na biblioteca da minha universidade. Poupei o tempo necessário para o fazer e parece que ninguém foi prejudicado. (Curiosamente, tendo em conta que o tema de conversa é o livro, este não se encontra à venda em formato digital.) Na verdade, outras pessoas também beneficiaram com a minha escolha: o livro permaneceu na prateleira da biblioteca, disponível para outros utilizadores.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
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