Não é por uma teoria cientifica cair que deixa de ser científica. Pelo contrário, só as teorias científicas podem cair, por poderem estar erradas, isto é, por serem passíveis de negação, pela lógica, pela observação e pela experiência. Por exemplo, o sistema geocêntrico foi substituído pelo sistema heliocêntrico, no século XVI, por ser mais lógico e estar mais de acordo com as observações. Foi Galileu, no século seguinte, quem fez vingar a visão de Copérnico. Por outro lado, no mesmo século, a teoria de movimento de Aristóteles foi substituída pela mecânica de Galileu e Newton, que tinha, ao contrário das antigas ideias gregas, não só sustentação matemática como também um enorme poder preditivo na descrição de acontecimentos reais. Em tempos mais recentes, ao longo do século XIX, o energicismo, que teve em Ostwald e Mach dois dos seus últimos defensores, deu lugar ao atomismo, de Maxwell, Boltzmann e outros, por os átomos terem inequivocamente, num extenso rol de experiências, dado provas da sua existência.
Carlos Fiolhais
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