segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Utilitarismo

O utilitarismo clássico, a teoria de Bentham e Mill, pode ser resumido em três proposições: primeiro deve-se julgar que as acções são moralmente certas ou erradas somente em função das suas consequências. Nada mais importa. Segundo ao avaliar as consequências, a única coisa que interessa é a quantidade de felicidade ou de infelicidade criada. Tudo o resto é irrelevante. Terceiro, a felicidade de cada pessoa conta da mesma maneira. Como explica Mill,

a felicidade que forma o padrão utilitarista do que é correcto na conduta não é a felicidade do próprio agente, mas a de todos os implicados. Entre a felicidade do agente e a dos outros, o utilitarismo exige que o agente seja tão estritamente imparcial como um espectador desinteressado e benévolo.

Assim, as acções correctas são as que produzem o maior equilíbrio possível de felicidade e infelicidade, sendo a felicidade de cada pessoa contabilizada como igualmente importante.

James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, tradução de F. J. Azevedo Gonçalves, Lisboa, 2004, Edições Gradiva, pp. 151-152.

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