terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Autonomia/Heteronomia



Um agente é autónomo quando as suas ações são autodeterminadas. Segundo KANT é a característica de uma vontade que cumpre o dever, não sendo condicionada por qualquer inclinação sensível (interesses, temores, desejos). A vontade autónoma considera IMPERATIVO CATEGÓRICO ou incondicional a obediência à lei moral. Esta exige que ao cumprir o dever apenas sejamos influenciados pela intenção de o cumprir (cumprir o dever pelo dever). À autonomia opõe-se a heteronomia. A vontade heterónoma pode cumprir o dever mas com a intenção, por exemplo, de agradar, de obter recompensas ou de evitar castigos (não cumpre o dever pelo dever). A vontade autónoma "dá a lei a si mesma". Dá a si mesma a forma como cumpre o dever e encontra no cumprimento da lei moral a razão suficiente das suas decisões. Autodetermina-se. Liberta de qualquer influência das inclinações sensíveis, a vontade autónoma é a vontade de um sujeito que toma decisões enquanto ser racional e se submete unicamente à lei da sua razão. Deus, os interesses, a sociedade podem ser fonte de normas morais concretas mas não da lei moral, lei puramente formal que não nos diz o que devemos fazer mas de que forma devemos cumprir o dever. É a autonomia da vontade que torna a vontade boa. "Vontade autónoma" e "VONTADE BOA" são termos equivalentes. LR

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