Não há nada como um argumento por analogia. Bem, talvez um pato. Uma utilização do argumento por analogia é encontrada em resposta à questão de o que ou quem criou o universo. Algumas pessoas argumentaram que, como o universo é como um relógio, deve ter sido um Relojoeiro. Como o empirista britânico do século XVIII, David Hume, referiu, este argumento é traiçoeiro, uma vez que não há nada que seja perfeitamente análogo para o universo como um todo, a menos que seja outro universo, por isso não devíamos tentar desvalorizar alguma coisa que seja apenas uma parte deste universo. Em todo o caso, porquê um relógio?, pergunta Hume. Porque não dizer que o universo é semelhante a um canguru? Afinal de contas, ambos são sistemas organicamente interligados. Todavia, a analogia do canguru conduziria a uma conclusão muito diferente acerca da origem do universo: nomeadamente, que nasceu de outro universo depois de esse universo fazer sexo com um terceiro universo. Um problema fundamental dos argumentos por analogia é a suposição de que, como alguns aspectos de A são semelhantes a B, outros aspectos de A são semelhastes a B. Ora, não é necessariamente assim.
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